A inteligência artificial “já não é ficção científica”, é uma “realidade ao alcance de qualquer empresa e brevemente ao alcance de qualquer pessoa”. Esta é a convicção do CEO da Vodafone, Mário Vaz, que se assume um “otimista” no que a esta revolução diz respeito. “Sabendo-se que já existe e antecipando-se o que dela pode resultar, temos o material necessário para desenharmos o projeto e os adequados planos de obra e de especialidades para requalificar a sociedade atual”, explica, sublinhando: “Temos a vantagem de poder antever vantagens, riscos e oportunidades”.
Mário Vaz falava na sessão de abertura da Vodafone Business Conference, que está a decorrer esta manhã na Alfândega do Porto, sobre o tema da inteligência artificial. Que, acredita o responsável da Vodafone, não tem de ser destruidora, mas transformadora. “Acreditamos que a tecnologia é positiva e que tem um enorme potencial para mudar a vida das pessoas para melhor”, afirma.
E para os que temem que a inteligência artificial venha a eliminar milhões de postos de trabalho, Mário Vaz é perentório: “Cabe-nos a nós assegurar que a robótica, a aprendizagem das máquinas não se sobrepõe à Humanidade”. Como? Reconhecendo que a tecnologia “não vai parar de evoluir”, que a inteligência artificial “é inevitável” e vai “impactar o mundo inteiro”. O que significa que “não podemos ficar indiferentes”, é preciso “endereçar esta transformação de todos os ângulos”, sejam eles tecnológicos, sociais, económicos e políticos.
“Preparar melhor os profissionais de sucesso do futuro” é vital, acredita Mário Vaz, para quem “o mais importante é fazer coexistir os empregos existentes e os futuros, preparando-nos para todas as mudanças que o progresso tecnológico vai trazer”. Porque todos temos a ganhar com isso. “Uma sociedade de talentos alicerçada pela inteligência artificial vai potenciais uma sociedade mais feliz, tanto a nível pessoal como profissional”, assegura.
Ilídia Pinto