InPost testa cacifos com painéis fotovoltaicos que não dependem da rede elétrica local
Projeto-piloto abrange cidades no Reino Unido, Itália, Polónia e França, não estando ainda prevista data de chegada a Portugal.
Várias cidades europeias estão a receber um novo tipo de cacifo autónomo que usa painéis fotovoltaicos com baterias para armazenamento de energia. A novidade é do grupo InPost e permite que os cacifos sejam instalados em locais independentemente da disponibilidade da rede elétrica. Fonte do grupo explicou que se trata de um projeto-piloto inicial e que “ainda não existe data prevista para a instalação destes lockers em Portugal.” Mas a ideia é comprovar os benefícios de ter cacifos alimentados por energia solar e com capacidades inteligentes.
“A grande diferença é a sua independência face à rede elétrica, pois assim podem ser instalados em qualquer lado, sem ter que necessariamente ser junto de uma infraestrutura já com energia (bomba de gasolina, centro comercial, etc.)”, explicou fonte do grupo. “Além disso, também gastam menos, uma vez que podem funcionar mesmo só com a energia solar mais baterias.”
Por outro lado, é introduzida uma componente que otimiza o consumo de energia: a iluminação da máquina é reduzida para 30% quando anoitece e pode ser desligada durante a madrugada, quando não há utilização. Os painéis fotovoltaicos estão instalados no topo e o armazenamento de energia que funciona mesmo em temperaturas negativas.
Em caso de mau tempo, haverá “máquinas-mãe” ligadas à rede elétrica para recarregar as baterias e assim continuar a alimentar as máquinas autónomas. O projeto-piloto abrange cidades no Reino Unido, Polónia, Itália e França.
Estes cacifos são desenhados para facilitar a logística de entregas do comércio eletrónico na última milha. Segundo o grupo, a pegada de carbono das entregas em cacifos InPost gera até 98% menos emissões de CO2 na última milha, em comparação com as entregas ao domicílio.
“Em termos de sustentabilidade, diria que é mesmo o conceito das entregas não-domiciliárias que é sustentável por si só, reduzindo o tráfego de última milha nas cidades e evitando tentativas repetidas de entregas”, ilustrou fonte do InPost. “Por outras palavras, otimizando o próprio processo logístico e tornando-o assim mais sustentável.”
O grupo tem o objetivo de atingir o carbono zero até 2040 e está a investir no desenvolvimento de mobilidade elétrica em termos de frota e de carregadores elétricos.
“Os novos equipamentos tornam a nossa rede mais acessível ao maior número possível de clientes”, frisou Izabela Karolczyk-Szafrańska, diretora de marketing & ESG do grupo InPost, sobre os testes.
“Trata-se de mais um passo na implementação da nossa ambiciosa estratégia de descarbonização e de uma solução tecnológica única, não disponível no mercado”, salientou. “Vale a pena notar que vamos executar o piloto simultaneamente em quatro países europeus, o que nos dará uma visão única sobre as possibilidades de expansão da rede de Lockers autónomos em países com diferentes condições meteorológicas.”
Ana Rita Guerra
