A troca de experiências e uma maior colaboração permitirá solidificar o panorama de internet das coisas em Portugal, dizem os oradores. Para que o mercado amadureça mais depressa e as soluções IoT se espalhem a mais organizações, é importante que as empresas que fornecem tecnologia colaborem umas com as outras. Foi o que indicou André Lourenço, CEO da CardioID, à margem da conferência. “Nestas áreas onde temos de avançar depressa, uma das chaves é funcionar em parceria e tentar encontrar complementaridades”, afirmou, sublinhando a importância de eventos como a Vodafone IoT conference, que permitem às empresas conversar e estabelecer parcerias. “Os operadores são ótimos por causa da conectividade e terem infraestrutura, depois toda a parte sensorial e algoritmos vêm de todas estas empresas. Estamos a atuar num nicho que complementa muito as outras áreas.”
Esse foi um dos objetivos enunciados pelo CEO da Vodafone Portugal, Mário Vaz, durante a abertura do evento: “Se no final dedicarem algum tempo a pensar o que é que o IoT pode fazer e que vantagens pode trazer para as vossas organizações, sentiremos o dever cumprido.” Nuno Ferreira, da ThinkDigital, destaca o fator de segurança trazido por um operador internacional. “O facto de estarmos num evento cheio mostra que há uma necessidade muito grande de as empresas perceberem como é que vão incorporar isso no negócio delas e otimizar operações, melhorar a qualidade de vida das pessoas e, obviamente, aumentar os lucros”, sublinhou. Filipe Lopes, wireless tech lead da Cisco Portugal, indica que a IoT “não é só uma buzzword” e que são cada vez mais as empresas e regiões interessadas naquilo que podem retirar da tecnologia. “Todos vamos beneficiar disto e Portugal tem um papel relevante aqui, porque vemos que temos uma posição dentro da Europa de early adopters e muitas tecnologias foram testadas cá primeiro.” Pelo Millennium bcp, Sérgio Magalhães diz que “é importante aprender com os outros e perceber que há todo um mundo em evolução”, enquanto Cristóvão Cleto, da Crossing Answers, acredita que a discussão poderá abrir caminho para novos projetos. “É bom comunicar o que se faz em Portugal.”